REFLEXÃO E AÇÃO - ATIVIDADE 4

ATIVIDADE DA PÁGINA 34 DO CADERNO III

De acordo com o trabalho que realizo junto aos alunos da Escola Cleto Campelo, percebo que muitas dessas finalidades são contempladas no nosso plano de trabalho, mas ainda acho que não trabalhamos com a a questão do desenvolvimento do senso crítico como deveríamos. Ainda estamos muito presos a uma metodologia que "impõe" a aquisição de um conhecimento limitado que não permite ao aluno criar suas próprias respostas. Além do mais, ainda percebo que os recursos tecnológicos não são usados de forma positiva, em direção a aprendizagem através da pesquisa.
No que diz respeito ao incentivo, o despertar do gosto pela aprendizagem, acho que estamos fazendo a nossa parte, mas acredito que quando esta preocupação é apenas da escola, as possibilidades de bons resultados são bem menores, mas não IMPOSSÍVEIS.

Carmem Lúcia escreveu:"Ainda estamos muito presos a uma metodologia que "impõe" a aquisição de um conhecimento limitado que não permite ao aluno criar suas próprias respostas"

É muito bom quando a gente questiona o nosso trabalho dessa maneira, colocando o estudante como centro do processo ensino-aprendizagem.

Me parece que, mesmo quando passamos por um processo de formação nas nossas faculdades, ainda há muitas marcas da tradição que ficaram impregnadas tanto em nós quanto nos nossos formadores. Comparo isso a alguns conceitos que, na educação familiar, passam das gerações ascendentes para as descendentes, sem ponderar as peculiaridades do tempo que modificam o contexto das vivências existentes entre ambas.

Romper com estas marcas, talvez pelo excesso de trabalho, dentre outros fatores que se inserem no locus da educação, não é uma tarefa muito fácil, principalmente quando não nos dispomos a entender que o nosso trabalho não pode trilhar as sendas do rotineiro e da mesmice que nos rodeiam.

No tempo contemporâneo, se não conseguimos desenvolver um trabalho de forma conjunta com os estudantes, as nossas aulas tendem ao monotonismo, exatamente por não considerar o estudante como protagonista do saber que deve ser construido na relação estudante/professor.

Contribuímos com estas finalidades quando enriquecemos nossas aulas com questões significativas do contexto da vida do estudante. Quando aproveitamos os conteúdos disciplinares para trabalhar ou ilustrar situações reais. Quando participamos da seleção do livro didático tendo a clareza do PPP da escola e qual sua função social. Quando tornamos a escola espaço de discussão e de diálogo, quando incentivamos e promovemos o conhecimento da ciência, da tecnologia e da cultura. Ainda, quando promovemos reflexões sobre interferência do homem no ambiente que vive. Temos um desafio que é promover a Educação Ambiental nas escolas para que tenhamos seres humanos comprometidos com as questões sociais e ambientais, tanto a nível local como global.

Infelizmente nossas aulas ainda estão muito monótonas, presas as metodologias que não abrangem um contexto social e tecnológico. precisamos de recursos para ampliar esses conhecimentos e idealizar fatos reais e a ciência como um todo.

Edivaldo escreveu:Infelizmente nossas aulas ainda estão muito monótonas, presas as metodologias que não abrangem um contexto social e tecnológico. precisamos de recursos para ampliar esses conhecimentos e idealizar fatos reais e a ciência como um todo.

Quando a gente percebe esta realidade que você nos aponta, me parece que já diagnosticamos boa parte da problemática das salas de aula. Isso me faz afirmar que estamos aptos a darmos o primeiro passo para transformar esta realidade e sairmos do "infelizmente".

No meu primeiro colóquio deste tópico, fiz uma alusão à questão do rompimento com algumas tradições presentes na praxis de muitos de nós. Este rompimento, entretanto, não está dissociado do reconhecimento das nossas limitações, do nosso receio diante da necessidade de inovações, até mesmo porque, historicamente, foi se formando uma concepção errônea de que o professor é "senhor" da verdade, do conhecimento, da sabedoria e, como tal, jamais o professor poderia ponderar a existência do "aluno" como protagonista do ato educativo.

No nosso tempo, este paradigma vem sendo quebrado, vem sendo suplantado por uma nova economia na qual, o estudante (não mais o ALUNO) é também um sujeito epistêmico, participando ativamente da construção do saber. Entretanto, essa concepção ainda não foi assimilada por todos, até mesmo porque necessita de tempo para chegar à sua plenitude.

Concordo com a afirmação de que "precisamos de recursos...", mas acredito que podemos aprofundar mais o pensamento a respeito destes recursos de que precisamos. Quais seriam eles? De que maneira os utilizaríamos? Quais os resultados esperados a partir do uso de tais recursos?

Renata escreveu:"Contribuímos com estas finalidades quando (...), tornamos a escola espaço de discussão e de diálogo"

Me parece muito oportuno ponderar esta, dentre outras afirmações presentes na missiva de Renata. Penso que quando a sala de aula se torna espaço de discussão e de diálogo, o conteúdo deixa de ser ministrado apenas pelo professor. É a partir daí que o conhecimento dos estudantes é agregado ao conteúdo da aula, fazendo com que haja uma distinção muito clara entre entre os conceitos e as definições de reprodução e de construção do conhecimento, tornando o processo ensino aprendizagem significativo.

Com efeito, quando no conteúdo vivenciado no cotidiano da sala de aula não há significados inerentes ao dia a dia da vida dos estudantes dentro e fora dos átrios da escola, todo o ato educativo está comprometido e desviado dos seus reais objetivos. E quando isso acontece, não existe outra alternativa a não ser "FECHAR PRÁ BALANÇO".

Sim, a escola deve ser um espaço para discussão e diálogo. No entanto, os mesmos não podem se limitar apenas à sala de aula. Todos os ambientes escolares devem interagir para que o sucesso dos alunos aconteça. É necessário que um trabalho em conjunto aconteça para que possamos atingir o verdadeiro objetivo do processo ensino aprendizagem.

Adriana escreveu:"É necessário que um trabalho em conjunto aconteça para que possamos atingir o verdadeiro objetivo do processo ensino aprendizagem."

É muito pertinente essa questão de uma pedagogia de conjunto. Quando isso acontece, uma das questões que mais elevam o projeto de uma escola é a da unidade que deve estar presente em todos os espaços da escola.

Quando me refiro a unidade, ela se estabelece em todas as aões da escola. Isso não significa que todos têm que agir sempre da mesma maneira em cada caso. Aqui é importante se compreender as diferenças humanas e buscar nelas os pntos de congruência. A partir de então a gente percebe todas as vertentes da construção da unidade na diversidade de contextos e de pessoas.

CONTRIBUÍMOS SIM COM ESTAS FINALIDADES. A ESCOLA É ESPAÇO DE REFLEXÃO , DIÁLOGO , DISCUSSÃO, EMBORA SOMOS PRISIONEIROS DE UM "SISTEMA" QUE NOS IMPEDE DE MUITA COISAS..... TAIS COMO INCENTIVO, TECNOLOGIA , FORMAÇÃO ENTRE OUTRAS . NO ENTANTO, ACREDITO QUE NÃO HÁ PROFESSOR QUE NÃO CONSIGA PROMOVER DISCUSSÕES QUE LEVE O ALUNO A REFLETIR E A SER CRÍTICO NAS SUAS POSIÇÕES.

Como aluna eu não tive oportunidade de ser trabalhada para a formação do senso crítico reflexivo. A escola era muito tradicional. As turmas eram masculinas ou femininas e funcionavam em turnos distintos. O aluno não tinha voz. Educar, nada mais era do que repassar conhecimentos previamente elaborados. Normalmente os professores seguiam o seu caderno como cartilha diária sem nenhuma inovação e os alunos tinham que reproduzir com fidelidade tudo aquilo que convinha ao professor.

Como professora procuro elaborar um planejamento aberto à construção do conhecimento em conjunto com os estudantes, considerando suas realidades, diversidades, peculiaridades e tudo aquilo que é perceptível tanto no processo de avaliação diagnóstica quanto no cotidiano da sala de aula.

Rosa escreveu:"SOMOS PRISIONEIROS DE UM "SISTEMA" QUE NOS IMPEDE DE MUITA COISAS....."

Não podemos negar que estamos vinculados a um sistema. Entretanto, temos que observar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional  confere autonomia às escolas a partir da construção do seu projeto político pedagógico e nele, dentre outros aspectos, a escola pode e deve definir as adaptações necessárias para que o seu currículo se adeqüe à realidade dos estudantes que a integram.

Que todas essas finalidades são devidamente aplicadas por mim e certamente por todos os meus colegas professores, na medida do possível, tendo em consideração fatores negativos como a super lotação de alunos em sala de aula, a estrutura física da escola, cadeiras desconfortáveis a qual desestimular o aluna a assistir aula por muito tempo, e as salas com pouca ventilação tornando-se em alguns dias quentes um ambiente desagradável de se permanecer...
Eu acredito que se tivéssemos condições melhores os resultados seriam equivalentes.

Na educação brasileira todo processo é lento, acredito que estamos numa fase de transição, é fato que quando fomos estudantes o modelo que tínhamos era o tradicional tanto na nossa educação básica como no ensino superior e hoje muitas vezes ficamos presos por nos ter sido herdado esse método de ensino, porem vejo que a medida do possível estamos cada vez mais rompendo essa barreira da mesmice, me esforço alem de também ver os esforços dos meus colegas de trabalho em conseguir contemplar essas finalidades, tornando os estudantes com uma postura mais critica e consciente.

Na época de aluno, particularmente em história e geografia fui refém de aulas "chatas" o que tornava matérias insuportáveis "salvo para aqueles professores que faziam diferente", em minha escolha profissional tive a preocupação em começar a fazer diferente, tornar as disciplinas citadas em aulas atrativas para o aluno, com isso incluir as finalidades citadas anteriormente. O planejamento deve ser elaborado de acordo com as finalidades da educação básica para preparar o aluno principalmente a vida.

Emerson escreveu:Na época de aluno, particularmente em história e geografia fui refém de aulas "chatas"

Geralmente disciplinas como história e geografia eram tidas como matérias decorativas e, em muitos casos, continua tendo esse mesmo caráter. Penso que essa peculiaridade muitas vezes imposta por profesores e absorvida por  estudantes é um dos fatores que que tornam estas aulas "chatas" como você mesmo nos faz refletir.

Fico feliz quando o vejo afirmar que em sua vida profissional tem o compromisso de fazer diferente, tornando as aulas mais atrativas para os estudantes. Essa nova concepção, com certeza, faz a diferença na sua prática pedagógica. Tem como relatar isso aqui no nosso fórum?

Na medida do possível aplico essas finalidades no cotidiano escolar, porém, há fatores que prejudicam não se obtendo o êxito esperado, como o choque entre a metodologia que o professor teve em sua fase escolar com a atual e as diferenças sociais, culturais e educacionais dos alunos. Mas, tento equilibrar essas divergências para que, futuramente, o aluno possa se sair bem no campo profissional.

Baseada na minha experiência pessoal posso perceber a existência de uma distância entre as finalidades do Ensino Básico e a prática. Na escola o conteudismo é priorizado ao invés do desenvolvimento de habilidades que possibilitem o pleno desenvolvimento do aluno.O objetivo escolar parece que se resumir a passar de maneira isolada os conteúdos destinados a cada série, sem a preocupação de interligá-los ou integrá-los a realidade do aluno, tornando assim mais atraente e efetivo para o crescimento intelectual, social e profissional do aluno.

Wiston escreveu:...é fato que quando fomos estudantes o modelo que tínhamos era o tradicional tanto na nossa educação básica como no ensino superior e hoje muitas vezes ficamos presos por nos ter sido herdado esse método de ensino, porem vejo que a medida do possível estamos cada vez mais rompendo essa barreira da mesmice,...

Concordo com o colega, pois viemos de um sistema tradicional que enfatizava, simplesmente, o repasse dos conteúdos e de certa forma carregamos esse paradigma para nossa sala de aula. É inegável que há uma dissociação entre a cultura curricular e os meios externos que vai deixando a primeira obsoleta mas acredito que os professores estão cada vez mais procurando se adequar à atual situação em que se encontram para que seus alunos consigam sair da escola mais preparados.

É preciso uma reciprocidade, respeito ao aluno e dele para o professor.Pois é somente dialogando que vai estar mais próximo. O educador precisa ser mediador facilitando os desafios e oportunidades para desenvolver suas capacidades e conquistar autonomia social e intelectual.

Realidades muito diferentes como aluno e professor. Tópicos seriam válidos quando aluno,mas,difícil vivencialos como professor.

De acordo com estas finalidades, reconheço que o processo de aprendizagem está na interação entre professores e participantes do contexto escolarizado. Elaborar ações,promover diálogos no ambiente escolar,capazes de protagonizar conhecimentos e valores indispensáveis à vida.

Na realidade vivemos uma educação com a finalidade baseada em números positivos seja de que forma for, felizmente os professores praticam nas escolas a educação de conscientização, tentando preparar os jovens para o mundo real em todos os aspectos possíveis, para que tenham noção de como interpretar a realidade da vida.