REFLEXÃO E AÇÃO - ATIVIDADE 2

Percebe-se uma multidão de jovens perdidos, sem sonhos,sem ideais de vida, sem algo para correr atrás... Será a era do comdismo onde as pessoas se contentam com pouco e não almejam algo melhor para si e para os seus?  É uma pena, nos tempos atuais, a gente ver tantas oportunidades surgindo, tantos caminhos disponíveis, e alguns jovens, na sua vida desinteressada e improdutiva tendo na escola a oportunidade de transformar a realidade.

Os alunos do EM das turmas com as quais trabalho são, em sua maioria, pessoas que não sonham, não acreditam no próprio potencial, filhos de pessoas humildes, beneficiadas pelos programas do Governo Federal, são jovens e adultos que usam o transporte escolar oferecido pela prefeitura para chegar à escola. Não consigo perceber a motivação necessária para a conquista do sucesso na escola e fora ela.
Não consigo perceber alunos e professores como culpados pelos problemas enfrentados hoje nesta modalidade de ensino, percebo sim, a culpa do sistema que prega a EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA, mas não dá as mesmas oportunidades para todos; que fala em FORMAÇÃO INTEGRAL, mas desconsidera a vida destes alunos fora da escola; que não considera a heterogeneidade da sociedade.

percebo sim, a culpa do sistema que prega a EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA, mas não dá as mesmas oportunidades para todos

Olá... Pegando uma carona na postagem de Carmem quero fazer uma provocação: Concordo com esta afirmação. Mas questiono se, paralelamente a isso, não existe uma certa acomodação por parte de muitos profissionais de educação, como também se não há um conformismo por parte dos estudantes e dos seus familiares, de maneira que o sistema não é cobrado e, exatamente por não ser cobrado, mantém as coisas na mesma rotina.

Provocação aceita. Realmente gera acomodação, no que diz respeito aos professores, estamos nos acostumando a ouvir falar apenas em números, em percentuais ( quantos passaram, quantos deixaram de passar). Existe um currículo que "obrigatoriamente" deve ser seguido, desconsiderando o nível que os alunos estão chegando no Ensino Médio. Se ele não é rigorosamente cumprido, é atestado de incompetência para o professor, então a coisa está funcionando apenas levando em consideração o tempo para trabalhar os conteúdos, deixando, de certa forma, de lado, os alunos, suas necessidades, as diversidades que os caracterizam. Quanto ao comodismo dos estudantes, a minha opinião é muito simples, eles não se sentem motivados porque acreditam que para passar de ano não precisa aprender muita coisa, eles perceberam que para o sistema o que vale é passar, é o número de aprovados, aprendendo ou não, neste caso, busca-se nota de todas as formas, menos estudando. E o pior nisso tudo, eles não relacionam a aprendizagem as possibilidades de um futuro promissor e isso realmente me preocupa.

Valha-me, Deus! A intenção do fórum é procurar soluções, não apontar culpados, mas infelizmente é inevitável.

Acredito que não exista um jogo de culpados entre alunos e professores. O que existe é uma política de encontrar culpado para tudo. Interessante seria se pudéssemos mudar o sistema, se houvesse políticas públicas que mudassem a realidade desses alunos para que chegassem na escola valorizando a própria educação e mudando a perspectiva social. Na atualidade enfrentamos desafios ,tentamos estabelecer condições adequadas para atender a diversidade dos indivíduos, buscar compreender, assumir respeitar a diversidade, orientar para a emancipação intelectual, contribuir  para que o jovem compreenda a importância de aprender a Ser -Conviver-conhecer e Fazer. Neste contexto é necessário conhecer as suas reais expectativas, sua história de vida e participação na comunidade, seus interesses para que ele se fortaleça cada vez mais como sujeito assumindo o que realmente somos SERES TRANSFORMADORES. A escola colabora quando define o seu currículo, quando se preocupa em incluir as novas tecnologias como estratégia na construção de conhecimentos e formação de espírito crítico. Assim não existem culpados ,mas, coparticipantes de ações que não conseguiram  dentro de cada realidade alcançar os seus  próprios objetivos.

Não se preocupe, Carmem. A questão não é do fórum, pois como está escrito, já vem nos cadernos do curso. Mas estas discussões, mesmo que às vezes nos levem a "caçar os culpados" nos preparam para enfrentar os desafios e nos levam para uma maturidade muito maior.

Como professor tenho convicção que a escola serve para formar cidadãos, porém, alunos veem como lazer, e agem sem pensar no futuro que aquela instituição poderá indicar para que tenha uma vida estável no trabalho e na família. É preciso apresentar aos alunos, seus deveres, porque só conhecem seus direitos.

Há, na verdade, uma falta de foco e ideais. Uma contentação com muito pouco e uma falta de desejo de algo melhor para si e para os seus. Os alunos não percebem que a escola é uma grande oportunidade de transformar realidades.

Acredito que esse "jogo de culpados" pode ser sanado, no momento em que governantes, professores, alunos e comunidade escolar, se entenderem e que possa cada um dar sua contribuição para a melhoria da educação e consequentemente isso vai refletir em futuro melhor, pois se tornando pessoas mais conscientes os estudantes poderão refletir e escolher melhor seus representantes. A escola deve procurar unir todos envolvidos no processo educacional onde os papeis de cada um deverá ser direcionado e compartilhado.

Apontar um culpado não seria correto. Acredito que todos tenham sua parcela de culpa. Governo, alunos, professores e comunidade. Acompanhamento dos pais na Escola, falta de sonhos por parte dos alunos, professores qualificados e bem remunerados, governo dando a verdadeira atenção que a Educação necessita, aí sim não encontraríamos culpados, soluções e melhorias começariam a surgir. o diálogo entre professor e aluno é algo muito importante, despertando muitas vezes em descobertas e passando a conhecer os problemas enfrentados por nossos alunos em sua realidade fora da Escola.

Na ânsia pela resposta do fracasso escolar o que ocorre muitas vezes é a busca pelos culpados e, a partir daí, percebe-se um jogo de empurra-empurra. Analisando cada um desses supostos culpados (professor, aluno, família, condições sociais, sistema educacional, trabalho X escola) chega-se a conclusão que todos possuem uma parcela de culpa. A culpa não é única e exclusiva de um desses fatores citados, mas sim desse grupo de fatores associados que, coletivamente influenciam o fracasso. Dessa forma, não existe um único “culpado” pelo fracasso escolar.

Nos dias atuais está cada vez mais difícil o professor desenvolver seu trabalho de maneira a ter resultado positivo, pois o próprio sistema educacional, o qual incentiva o aluno a passar de ano sem esforço, leva o estudante ao não reconhecimento da importância dos estudos.

Como já foi dito pelos colegas não adianta encontrar culpados pela situação que estamos vivenciando em nossas escolas públicas brasileiras. O que precisamos é encontrar soluções simples e objetivas para que ocorra com agilidade uma modificação concreta no ensino/aprendizagem do jovem que convivemos com ele em nossas instituições. Se formos em busca dos culpados não chegaremos a uma conclusão "a lista seria enorme". Muitas vezes a solução está dentro de cada um de nós que somos profissionais da educação e fizemos essa escolha porque acreditamos que a mudança do Brasil depende prioritariamente da educação.

Em primeiro lugar,uma relação educacional entre aluno e professor,onde o objetivo teórico é aprender e ensinar,não pode-se denominar culpados,senão vítimas,quando cada parte possui o dever e o direito mútuo.Contudo na teoria parece fácil ,mas na prática,percebe-se que a solução pode ser encontrada com esforço entre as partes,com um só objetivo,o crescimento coletivo.

Eu como Educador sei q tenho um papel importantíssimo por estar na linha de frente e ser o culpado por muitos fracassos no ponto de vista da sociedade, acredito que a escola possui muitos fatores que contribua ao sucesso do estudante, fatores esse que funcionam em conjunto como Governantes que valorizem e contribuam que o profissional da área da educação tenha uma vida digna, escolas com estruturas físicas que favoreçam que o estudante consiga suportar horas dentro de uma sala de aula, Pais e Mães que estejam presentes na vida do estudante, Educadores capacitados para trabalhar com estudantes e não salas de aula super lotadas que até parecem depósitos de alunos, de modo geral a educação não evoluiu muito nos últimos cem anos comparando as outras áreas como informatica ou o automobilismo. Eu acredito que muita gente é culpada.

Lembro-me quando estava no 2º ano do ensino médio em 1994, e senti o ensino cair em qualidade bruscamente, pensei, pode ser uma fase, e agora percebo que a culpa é de quem transformou a educação em números. Qual a saida? Mais ou menos o formato do Chile que a longo prazo começou a melhorar sua educação e após mais ou menos 15 anos atingiu o que havia perdido, não tem jeito, só reformulando a longo prazo.

Marcos afirmou:

É preciso apresentar aos alunos, seus deveres, porque só conhecem seus direitos.  

Concordo com esta firmação, até mesmo porque esta realidade do conhecimento apenas  dos direitos é uma constante na nossa sociedade. Entretanto, trazendo este questionamento de forma exclusiva para o campo do nosso trabelho e, considerando que a sociedade atribui à escola a solução para todos os seus problemas,  me parece que essa questão dos direitos e deveres dos estudantes deve ter um tratamento diferente do que vemos fora dos átrios da escola. Neste sentido, questiono dois aspectos a saber:

1. Os nossos estudantes participam ativamente das discussões e da construção das normas que esclarecem e/ou estabelecem seus direitos e deveres?

2. Este processo de discussão e de contrução destas normas não seriam fatores que impregnariam legitimidade a estas normas e, em decorrência dessa legitimidade, tornaria mais viável a compreensão e a vivência dos direitos e dos deveres no cotidiano da escola?

Um grande abraço !!!

Quando se quer realmente resolver um problema, troca de acusações e lista de culpados é um caminho que leva a lugar nenhum. Virar esse jogo vai exigir muito mais do que conhecimento mútuo sobre os papéis de cada um principalmente se o sistema não for seriamente modificado, já que a realidade escolar que vivemos hoje não é satisfatória, digo isso porque o sistema hoje nos leva a aprovar alunos que não estudam, não se esforçam, não frequentam e isso frustra o professor e desacredita a instituição e os profissionais diante deste aluno e da sociedade; uma vez que privilegia números/resultados quando deveria priorizar a APRENDIZAGEM.

A SOCIEDADE BUSCA JOGAR A CULPA PARA A PRÓRPRIA SOCIEDADE.
ENQUANTO ESCOLA , O QUE ESTAMOS FAZENDO ?
CONVIVEMOS TODOS OS DIAS COM A VIOLÊNCIA , QUANDO OS NOSSOS DIREITOS DE PROFESSOR SÃO DERESIPEITADOS, QUANDO A FAMÍLIA DO ALUNO JOGA O PROBLEMA PARA A ESCOLA , QUANDO A PRÓPRIA ESCOLA NÃO CONSEGUE MAIS SABER QUAL É O SEU PAPEL .

As dificuldades encontradas não podem ser atribuídas ao professor a necessidade de atender o aluno por conta de suas condições sociais, culturais ,  familiares etc. este profissional enfrentará diversas restrições da sua tarefa escolar.

Não devemos achar culpados e sim ver que professor tem deixado de ser um mero transmissor de conhecimentos para ser mais um orientador, um estimulador de todos os processos que levam os alunos a construírem seus conceitos, valores, atitudes e habilidades que lhes permitam crescer como pessoas, como cidadãos e futuros trabalhadores, desempenhando uma influência verdadeiramente construtiva, o desafio de contribuir com a educação, num momento de mudanças e incertezas e a necessidade de resgatar valores tão importantes condizentes com a sociedade contemporânea leva o professor a entender que deverá exercer um novo papel, de acordo com os princípios de ensino-aprendizagem adotados, como saber lidar com os erros, estimular a aprendizagem, ajudar os alunos a se organizarem, educar através do ensino, entre outros.

A maioria dos nossos alunos não demonstram interesse nos conteúdos ministrados nas aulas, parece que vêm à escola em busca de amizades, da aquisição de um diploma ou da frequência para receber o bolsa escola.

Acredito que o jogo vira quando o foca sai da quantidade e pula para qualidade, isso em todos os aspectos.