NAMORO PELA INTERNETE (Luís Gonzaga Monteiro)
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NAMORO PELA INTERNETE (Luís Gonzaga Monteiro)
Tudo que se faz na vida
Tem que ter limite pleno...
A minha vó já dizia:
Tudo demais é veneno.
Tem gente que se vicia
Com tudo que é porcaria,
Não sabe se controlar.
Brincadeira no início
Depois que se torna vício
Não consegue mais parar.
Agora isso é quase tudo
Novela, jogo, jornais...
Tem gente que se vicia
Até em comer demais.
Eu mesmo tenho um menino
Que a luz do meu destino,
O fruto do nosso amor,
Bonito, forte, sabido,
Mas coitado, ta perdido
Perante o computador.
Eu tenho dito prá ele
Mesmo sem saber de nada:
Meu filho, desliga um pouco
Essa máquina condenada...
Veja que você ficou
Desde a hora que chegou
Da escola até agora
Vidrado nessa desgraça,
Nem vê quando a gente passa
E nem vê quando passa a hora.
E ele prá não ser teimoso
Nem ser desobediente
Desliga a bicha um minuto,
Depois liga novamente.
Querendo me agradar
Tenta à vezes me explicar
Como é que aquilo se arruma.
E eu só com os olhos mexendo
Como quem tá entendendo
Sem entender porra alguma.
O que eu não sabia ainda
Ele acabou de contar
Me falou de um tal de blog,
]De MSM, de Orkut,
De pen driver, de twiter
E de um tal de face boock.
Eu já to desconfiando
Que ele tá é me enganando,
Pensando somente nele
Prá quando eu me acostumar
Deixar mais de reclamar
E ficar do lado dele.
Também não sabia ainda
E ele acabou de contar
É que através da internet
Dá também prá namorar.
Disso aí eu não gostei...
Eu que sempre namorei
Danado a maior importância,
Agarrado e xambregando,
Ver meu filho namorando
Com cem léguas de distância.
Disse estou apaixonado
Por uma linda menina
Que hoje em dia está andando
Prás bandas de Teresina.
Estão pensando em noivar
E podem até se casar,
Caso eu concorde com isto.
E eu tenho pensado em casa
Mas como é que se casa
Sem nunca se terem visto ?
Pior é que o casamento
Também é pela internet.
O padre combina tudo,
O juiz se compromete
E aí, depois de casados
Continuam separados,
Ela lá e ele aqui.
E eu penso a todo momento,
Vai ser esse o casamento
Mais sem futuro que eu vi.
Depois pensei noutra coisa,
Me diga como é que presta
Sem a presença dos noivos,
Sem lua de mel, sem festa,
Sem mobília, sem mudança,
Sem anel, sem aliança,
Sem padre dizendo amém ?
Pensei comigo a miúdo,
Aí pode ter de tudo,
Mas casamento não tem.
Fui conversar com meu filho,
Disse que não dava certo
E ele fez foi me gozar.
Se julgando muito esperto
Disse: oxe, pai ta atrasado !
O tempo de cu quadrado
Foi lá, cem anos atrás...
Pode ficar sossegado
Que essas coisas do passado
Hoje não se usa mais.
Depois pensei noutra coisa:
Meu neto, quem vai me dar,
Ela lá e ele aqui...
Tive então que perguntar:
Ô menino, e quando for
Prá vocês fazerem amor,
Você vai ou ela vem ?
Me explique prá entender:
Será que vai ter que ser
Pela internet também ?
Tem que ter limite pleno...
A minha vó já dizia:
Tudo demais é veneno.
Tem gente que se vicia
Com tudo que é porcaria,
Não sabe se controlar.
Brincadeira no início
Depois que se torna vício
Não consegue mais parar.
Agora isso é quase tudo
Novela, jogo, jornais...
Tem gente que se vicia
Até em comer demais.
Eu mesmo tenho um menino
Que a luz do meu destino,
O fruto do nosso amor,
Bonito, forte, sabido,
Mas coitado, ta perdido
Perante o computador.
Eu tenho dito prá ele
Mesmo sem saber de nada:
Meu filho, desliga um pouco
Essa máquina condenada...
Veja que você ficou
Desde a hora que chegou
Da escola até agora
Vidrado nessa desgraça,
Nem vê quando a gente passa
E nem vê quando passa a hora.
E ele prá não ser teimoso
Nem ser desobediente
Desliga a bicha um minuto,
Depois liga novamente.
Querendo me agradar
Tenta à vezes me explicar
Como é que aquilo se arruma.
E eu só com os olhos mexendo
Como quem tá entendendo
Sem entender porra alguma.
O que eu não sabia ainda
Ele acabou de contar
Me falou de um tal de blog,
]De MSM, de Orkut,
De pen driver, de twiter
E de um tal de face boock.
Eu já to desconfiando
Que ele tá é me enganando,
Pensando somente nele
Prá quando eu me acostumar
Deixar mais de reclamar
E ficar do lado dele.
Também não sabia ainda
E ele acabou de contar
É que através da internet
Dá também prá namorar.
Disso aí eu não gostei...
Eu que sempre namorei
Danado a maior importância,
Agarrado e xambregando,
Ver meu filho namorando
Com cem léguas de distância.
Disse estou apaixonado
Por uma linda menina
Que hoje em dia está andando
Prás bandas de Teresina.
Estão pensando em noivar
E podem até se casar,
Caso eu concorde com isto.
E eu tenho pensado em casa
Mas como é que se casa
Sem nunca se terem visto ?
Pior é que o casamento
Também é pela internet.
O padre combina tudo,
O juiz se compromete
E aí, depois de casados
Continuam separados,
Ela lá e ele aqui.
E eu penso a todo momento,
Vai ser esse o casamento
Mais sem futuro que eu vi.
Depois pensei noutra coisa,
Me diga como é que presta
Sem a presença dos noivos,
Sem lua de mel, sem festa,
Sem mobília, sem mudança,
Sem anel, sem aliança,
Sem padre dizendo amém ?
Pensei comigo a miúdo,
Aí pode ter de tudo,
Mas casamento não tem.
Fui conversar com meu filho,
Disse que não dava certo
E ele fez foi me gozar.
Se julgando muito esperto
Disse: oxe, pai ta atrasado !
O tempo de cu quadrado
Foi lá, cem anos atrás...
Pode ficar sossegado
Que essas coisas do passado
Hoje não se usa mais.
Depois pensei noutra coisa:
Meu neto, quem vai me dar,
Ela lá e ele aqui...
Tive então que perguntar:
Ô menino, e quando for
Prá vocês fazerem amor,
Você vai ou ela vem ?
Me explique prá entender:
Será que vai ter que ser
Pela internet também ?
Re: NAMORO PELA INTERNETE (Luís Gonzaga Monteiro)
Hahaha, é interessante a crítica que aborda uma historia onde a mais protagonista é o vício da tecnologia, onde a realidade parece ser algo imaginário e a internet a mais pura realidade e isso faz parte da nossa vida, da nossa realidade, vimos isso até nas salas de aula onde o Facebook é o que ensina matemática, português, entre outras áreas, será que diploma escolar também será pela internet? Agora a internet também pode ser aplicada de forma boa, de forma construtiva, isso pode ser uma forma de mudar a crítica a internet.
elida manuela da silva sa- Mensagens : 21
Data de inscrição : 09/09/2014
Idade : 33
Localização : Cha Grande
Re: NAMORO PELA INTERNETE (Luís Gonzaga Monteiro)
O texto é uma forma de pensar mos sobre a realidade e de que forma isso pode ser mudado, é engraçado
elida manuela da silva sa- Mensagens : 21
Data de inscrição : 09/09/2014
Idade : 33
Localização : Cha Grande
Re: NAMORO PELA INTERNETE (Luís Gonzaga Monteiro)
Essa abordagem de Luis Gonzaga mostra uma realidade muito presente no tempo atual das juventudes, em contraposição a juventude do nosso tempo. Estamos caminhando para um tempo no qual as pessoas virão à escola para se comunicarem umas com as outras, fugindo do mundo virtual. Isso pode ser currículo!?!?
Mônica Oliveira- Mensagens : 21
Data de inscrição : 06/09/2014
Idade : 57
Localização : Gravatá
Re: NAMORO PELA INTERNETE (Luís Gonzaga Monteiro)
O aparente "vício" no uso das redes sociais é uma realidade com a qual precisamos aprender a lidar. Os recursos tecnológicos são muitos e estão aí ao acesso de todos, então acredito que o ideal é que nós educadores busquemos maneiras eficazes de aproveitar este "PROBLEMA", porque combatê-lo verdadeiramente é impossível. Reclamar do uso dos celulares é perda de tempo, então vamos achar formar de usar estes aparelhos de modo a contribuir com o nosso trabalho e com a aprendizagem. Respondendo a pergunta colocada acima, isso é currículo oculto, aquele que se adequa as situações vivenciadas na escola e que não são previstas no currículo formal.
Carmem Lúcia Gomes da Sil- Mensagens : 22
Data de inscrição : 11/09/2014
Re: NAMORO PELA INTERNETE (Luís Gonzaga Monteiro)
Me parece que o grande desafio está em encontrar uma maneira de levar os nossos jovens a compreenderem que a tecnologia é uma extensão do braço humano. Neste sentido, se tornará muito interessante a vivência de atividades que, como Carmem afirmou, levem os estudantes a se servirem de todo o aparato tecnológico disponível para enriquecimento das atividades escolares e construção de novos saberes. Isso é plenamente possível. Entretanto, se faz necessário que o professor abra mão de alguns métodos e práticas que compõem, de certa forma, o rol de sua rotina, para adentrar no campo do novo.
Re: NAMORO PELA INTERNETE (Luís Gonzaga Monteiro)
Se pode ser currículo eu não sei... Mas diante da realidade de nossos alunos e do modo como se comportam na escola com total desinteresse e irresponsabilidade com a parte que lhes cabe no processo de construção do saber, acredito que de fato a única razão pela qual eles comparecem é mesmo só para interagir e passar um tempo com seus pares.
Flavia Benning- Mensagens : 13
Data de inscrição : 11/09/2014
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